Renner passa a liderar varejo de moda no país

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A aposta no atendimento aos clientes, em plena era do self service, ajudou a Lojas Renner a desbancar o principal concorrente e garantiu a liderança de vendas no mercado de moda brasileiro. A ultrapassagem acirrada, em uma pista que reúne competidores com motor de primeira, é mais uma conquista da empresa gaúcha que tem donos espalhados ao redor do globo.

Com faturamento de R$ 5 bilhões, a companhia deixou a holandesa C&A para trás, aponta relatório do banco BTG Pactual. Se tornar uma marca nacional não foi tarefa fácil. Outras empresas gaúchas tentaram e não conseguiram. Uma delas é a Colombo. Depois de expandir para o Sudeste, a rede de móveis e eletrodomésticos desistiu do sonho.

Para alcançar diferentes rincões do país com extensões continentais, a Renner adaptou as lojas. Para ganhar espaço no Norte e Nordeste, com climas tão diferentes do gaúcho, trabalha com três tipo de coleções: frio, quente e híbrido.

– Até questão de tamanho é importante. Aqui sai mais roupas “G”. No Nordeste é “M”. E como estamos em locais desde shoppings sofisticados até lojas no centro, precisamos oferecer produtos com preços adequados – diz José Galló, presidente da Renner.

Para especialistas, é justamente a capacidade de adaptação que garantiu à rede o topo nas vendas.

– A Renner foi quem melhor fez a leitura da mudança de comportamento dos clientes. Com facilidade de crédito, os consumidores se tornaram mais exigentes – diz Marcelo Prado, diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial.

Haroldo Monteiro, analista do mercado de varejo e professor convidado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma que outro acerto foi apostar na ampliação e reformulação das lojas em vez de simplesmente investir na abertura de novas.

– Uma reforma bem feita rende um aumento de vendas de 15% a 20% por metro quadrado – explica.

A conquista da liderança chega ao mesmo tempo que grandes concorrentes internacionais aterrissam por aqui. A gigante Forever 21 recém inaugurou a primeira unidade em São Paulo. Outro titã da moda, a sueca H&M já avisou que desembarca em breve.

A liderança se deu em dois grandes saltos. O primeiro foi em 1998, quando a Renner assumiu pontos do Mappin e da Mesbla no sudeste do país. Em um ano e meio, a companhia que tinha 21 lojas passou a contar com 49 unidades em mercados até então sem atuação.

– Foram anos difíceis, mesmo assim, nunca deixamos de dar lucro – lembra Galló, na companhia desde 1991.

A segunda etapa foi em 2005, quando o grupo passou a ser a primeira companhia de capital pulverizado do país – uma empresa sem acionista majoritário. Na sequência, em 12 meses, foram mais 15 unidades. Hoje são 217 lojas no país.

Vitrinas conhecidas

Renner
Com novas lojas e reformas de pontos de venda, além de administração eficaz de estoque, a marca conquista a liderança no mercado de varejo de moda. Tem 217 pontos de venda em todo o país, exceto Roraima. Neste ano, devem ser abertas 30 lojas.

C&A
Para evitar que Riachuelo e Renner conquistem ainda mais espaço, a rede holandesa adota uma estratégia cada vez mais comum no varejo de moda: parceria com estilistas famosos. A última coleção, lançada em abril, traz assinatura de Calvin Klein.

Riachuelo
Com um plano ousado de dobrar a área de vendas até 2016, a rede promete investir R$ 500 milhões este ano. A meta é atrair de vez o público jovem. A marca também amplia a conversão de cartões da loja em cartões de crédito com bandeiras conhecidas.

Marisa
Depois de abrir 39 unidades e reformar 19 em 2013, a rede pretende desacelerar este ano quando deve abrir 13 lojas. A marca é uma das que tem presença mais forte nas redes sociais. O catálogo para a estação será criado de forma colaborativa pelo Instagram.

Hering
O grupo aposta em um novo modelo de ponto de venda, com exposição diferenciada dos produtos, divididos por categorias. Para os próximos meses, deve lançar a primeira loja-piloto da Hering For You, marca voltada para o público feminino.

Novatas por aqui

GAP
A rede americana está espalhada em mais de 90 países, mas ainda tem participação tímida no Brasil. São três lojas em São Paulo e uma em Porto Alegre, inaugurada no fim de abril. A companhia aposta na expansão e prevê abertura de mais quatro unidades no país.

Forever 21
Recém instalado no Brasil, o grupo americano aposta no preço baixo. Os produtos vindos do Exterior também são considerados atrativos. A confiança no modelo de negócio é grande: a rede já anunciou que mais seis unidades estão previstas até 2015. (Fonte: Zero Hora – 10/05/2014)

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