Produção da cadeia têxtil deve crescer 2,7% em valores em 2013, aponta relatório do IEMI

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O Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) projeta um crescimento de 2,7% em valores para a produção da cadeia têxtil no Brasil e uma queda de 2,1% da produção em toneladas este ano. Os dados são do Brasil Têxtil 2013, relatório da entidade apresentado para membros do Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil (Comtêxtil) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta terça-feira (20/08).

Os dados foram apresentados por Marcelo Prado, diretor do IEMI, durante reunião mensal do comitê na sede da Fiesp, em São Paulo.

Segundo relatório, somente a indústria de vestuário deve registrar um crescimento de 4% da produção em valores, mas uma queda de 0,8% em volume de peças.

As importações da cadeia têxtil, no entanto, devem aumentar em 3,6% em 2013, enquanto as exportações do segmento devem recuar 6,3%, prevê o IEMI. Para o setor de vestuário, o instituto projeta um aumento de 10,1% nas importações e queda de 6,3% nas exportações.

Prado acredita que, se o câmbio continuar com uma trajetória de “realinhamento” do dólar ante o real, “talvez as coisas comecem a melhorar”, mas ainda falta resistência ao setor têxtil para superar cenários econômicos mais adversos. “O ambiente econômico, a questão do câmbio, tudo isso atrapalhou. Mas, mesmo assim, empresas de outros setores conseguiram se destacar porque trabalharam muito”, alertou Prado.

 

A participação da China

Segundo relatório do IEMI, o Brasil é o quinto maior produtor têxtil do mundo e quarto maior do segmento de vestuário, no entanto o cenário não é de otimismo para o segmento no país. Em 2012, as exportações brasileiras de vestuário representaram apenas 0,04% do mercado global, enquanto a China exportou uma fatia de 36,3%.

“A moda brasileira que invadiu o mundo ficou só na notícia”, avaliou Prado. “A mão na taça de maior produtor têxtil fora Ásia vai ficar só para a indústria de calçados. A tendência é perder esse título”, projetou.

De acordo com levantamento do instituto, o Brasil tem 33 mil produtores formalizados em atividade e com porte industrial, das quais 28 mil correspondem à cadeia do vestuário. O pessoal ocupado chegou a 1,6 milhão de pessoas em 2012, sendo 1,2 milhão empregos somente em vestuário.

 

 

Loja modelo

Também foi apresentado aos membros do Comtêxtil o projeto Negócios da Moda-Loja Modelo, um conceito elaborado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para preparar lojistas em relação aos pontos de venda.

Entre outubro e novembro deste ano, o Sebrae deve inaugurar seu ponto de atendimento em um endereço no bairro do Brás, na capital paulista.

No primeiro andar do espaço, com 450 metros quadrados, será montada e equipada uma loja modelo “para que o lojista conheça o desenvolvimento do material de comunicação”, explica Fábio de Azevedo, representante do Sebrae.

No segundo andar haverá um ponto de atendimento com consultores do Sebrae, e no terceiro uma sala para treinamento. “Esse é o primeiro ponto de atendimento totalmente tematizado do Sebrae. É um projeto piloto para a cadeia de moda, mas a ideia é que ele seja aplicado a outros setores”, afirmou Azevedo.

Para o coordenador do Comtêxtil, Elias Miguel Haddad, o projeto veio em boa hora para mostra o conceito de loja de modelo já que “existe um desconhecimento geral da indústria e do próprio lojista desse instrumento”. (Fonte: Fiesp – 20/08/2013)

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