Investimentos movimentam setor de jeanswear no Brasil

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Há muitos anos a indústria têxtil e de confecção nacional sofre com o contínuo avanço dos produtos importados, em sua maioria, de países asiáticos. Essas peças conquistam cada vez mais espaço nas prateleiras do varejo e não há sinal de mudanças nesse sentido, de acordo com especialistas.

No entanto, em um segmento os brasileiros conseguem se sair bem diante da concorrência, o de jeans. Apesar de também enfrentarem a invasão dos importados, as empresas desta área estão mantendo suas vendas.

Entre os anos de 2008 e 2012, a produção do setor registrou um avanço de 27%. Enquanto isso, a indústria nacional de vestuário em geral cresceu 4,1%, segundo dados do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi).

Para aproveitar essa expansão, fabricantes nacionais de tecidos como a Capricórnio Têxtil e a Santanense fazem investimentos significativos para ampliar sua capacidade de produção atual.

Com o objetivo de conquistar novos clientes, a paulista Capricórnio Têxtil investirá cerca de R$ 15 milhões este ano na área de acabamento para oferecer ao mercado tecidos de maior valor agregado. “Fabricamos produtos básicos que atendem a essa nova classe média. Porém, nos últimos anos, as compras realizadas por esse mesmo grupo se sofisticaram. Para acompanhar essa tendência, nós faremos esse aporte”, explica ao DCI a diretora de planejamento estratégico da Capricórnio Têxtil, Maria José Orione.

Segundo ela, essa mudança permite com que a companhia forneça seu denim para grandes polos têxteis de confecção de jeans do País, como Criciúma (SC), Cianorte (PR) e Goiânia (GO). “Esses produtos diferenciados também nos ajudarão na questão das importações, que são mais fortes no segmento de denim mais básico”, acrescenta a executiva. Ainda de acordo com a diretora de Planejamento Estratégico, 60% do investimento de R$ 15 milhões vai para a área de acabamento, enquanto os 40% restantes ajudarão a empresa a balancear a produção. “Estamos com uma capacidade ociosa em acabamento, então, elevaremos a fabricação de tecelagem. Isso vai gerar um aumento em torno de 8% a 10% da nossa produção”, diz.

No ano passado, a Capricórnio Têxtil registrou um faturamento de R$ 328 milhões. Atualmente, a companhia produz cerca de 70 milhões de metros quadrados de tecidos anualmente.

Outra grande empresa deste setor que estuda a realização de significativos investimentos nos próximos anos é a Santanense.

Apesar de não divulgar valores, a empresa planeja a ampliação da sua capacidade produtiva atual. A ideia inicial consiste em elevar os 5 milhões de metros de tecidos produzidos por mês para cerca de 7 milhões até 2015, de acordo com a gerente de marketing da Santanense, Eleonora França.

“A demanda em 2013 foi muito forte e os resultados muito bons. Não podemos reclamar”, diz a executiva. De acordo com ela, novos equipamentos já estão sendo adquiridos pela empresa com o objetivo de viabilizar a expansão.

Atualmente, a produção anual de tecidos da Santanense chega a 60 milhões de metros lineares. Vale ressaltar que além dos itens voltados para o vestuário – denins e coloridos – a marca também produz tecidos para a confecção de roupas profissionais.

A companhia brasileira, que possui capital aberto, ainda não divulgou os resultados financeiros referentes ao ano passado. No entanto, em 2012, a empresa alcançou uma receita líquida de R$ 371 milhões, alta de 0,3% ante 2011. Já o lucro líquido chegou a R$ 32 milhões, alta de 31,4%. (DCI – 24/03/2014)

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