IEMI apresenta dados no 9º Congresso Nacional Moveleiro

Segundo dados recentes do IEMI, da edição 2018 do estudo sobre o Mercado Potencial de Móveis em Geral, a produção física de móveis em 2017 voltou a crescer após as quedas consecutivas nos três anos anteriores (2014, 2015 e 2016), quando caíram 16,3% no período. O crescimento, embora tímido, de 0,3% em 2017 sobre 2016, é um importante resultado para a indústria, indicando uma estabilização e início de retomada no mercado nacional moveleiro.

Outro importante resultado foi a retomada das importações de móveis que, mesmo representando apenas 2,6% no consumo interno de móveis (consumo aparente), apresentou alta de 46,1% no ano passado com o desembarque de cerca de 10,5 milhões de peças, apresentando recuperação, após a retração de 41,5% registrada nos três anos anteriores. Esse resultado contribuiu para o aumento de 1,5% no consumo aparente de móveis em 2017 frente ao ano anterior, após o índice desabar 17,5% entre 2014 e 2016. No total, 396,1 milhões de peças foram disponibilizadas ao varejo e outros canais de vendas (corporativos, licitações, atacadistas, etc).

Já as exportações de móveis se mantiveram estáveis nos últimos cinco anos, sendo exportadas cerca de 3,4% em média da produção nacional de móveis. Em 2017 foram embarcadas cerca de 14,1 milhões de peças.

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Para 2018, as estimativas preliminares apontam para um crescimento mais expressivo na produção física de móveis, 3,8% sobre 2017. A disponibilidade destes itens no mercado interno brasileiro deverá apresentar crescimento um pouco mais acentuado, de 4,3%, atribuído à alta de 41,3% prevista para as importações em 2018, que deverão apresentar participação de 3,4% no consumo aparente. As exportações devem se manter mais estáveis, representando cerca de 3,7% da produção nacional.

Falando em valores da produção nacional moveleira, a evolução se mostra, diferentemente da produção física e exceto pelo ano de 2016, como uma tendência ascendente. Ou seja, nos últimos anos, quando se agravaram as instabilidades econômicas no País, a produção de móveis sofreu quedas acentuadas em volumes, porém, altas nos valores de produção. Marcelo Prado, diretor do IEMI, indica alguns dos principais pontos desta dinâmica: “Na crise, principalmente entre as classes mais baixas, a demanda por móveis novos é menor, afetando a produção como um todo, porém a produção de móveis mais elaborados, com maior valor agregado, demandada pelas classes mais altas, sofre menos impacto e também se recupera mais rápido, ganhando participação na produção e aumentando o valor médio das peças. Outro fator muito impactante nesta alta foram os preços dos insumos da produção, as chapas principalmente e outros fatores”. Sobre a inflação na produção, o índice de preços ao produtor (IPP – IBGE) foi de 3,2% em 2016 e de 5,2% em 2017.

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Para 2018, as estimativas apontam para um crescimento expressivo nos valores da produção de móveis, 12,8% sobre 2017.

 

No varejo de móveis, as estimativas são de reação

As vendas de móveis no varejo em 2017 voltaram a apresentar quedas em volumes, de 0,2% sobre ano de 2016, porém, queda menos acentuada em relação aos três anos anteriores (2014, 2015 e 2016), quando apresentaram redução média de 8,2% no período. Para 2018, as estimativas são de crescimento de 4,2% sobre 2017.

Já as vendas em receita no varejo apresentaram crescimento de 2,8% em 2017 sobre 2016, chegando a R$ 67,1 bilhões. Crescimento atribuído ao aumento no preço médio nas peças de móveis, cerca de R$ 194,00 em 2017 (2,9% sobre 2016). Para 2018, as estimativas apontam crescimento de 11,5% sobre 2017 no varejo de móveis em valores.

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