Fimec acontece em bom momento para o varejo e indústria de calçados, aponta IEMI

Importante feira no calendário de fabricantes, lojistas e profissionais do setor calçadista, a Fimec – Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes, chega à 42ª edição, entre 6 e 8 de março, em Novo Hamburgo (RS). Para Marcelo Prado, diretor do IEMI Inteligência de Mercado, especializado em estudos do setor calçadista, o evento acontece num bom momento para o segmento, que voltou a apresentar crescimento em pares comercializados, segundo os últimos estudos do instituto.

De acordo com dados do IEMI sobre o setor calçadista, no ano de 2017, o varejo voltou a apresentar crescimento, revertendo às quedas desde 2014, quando caiu 4,8% sobre 2013 (948,5 milhões de pares). As vendas de pares de calçados caíram 12,2% em 2016 em relação a 2013. Em 2017, finalmente apresentaram resultado positivo, chegando a aproximadamente 857,6 milhões de pares vendidos, 3,0% superior a 2016 (832,7 milhões de pares).

As festas de fim de ano ajudaram o desempenho do varejo de calçados em 2017. Em dezembro, foram vendidos 138,5 milhões de pares, 7% em relação a dezembro de 2016 (129,5 milhões de pares). E em valores, a receita chegou a R$ 8,8 bilhões, 10,4% sobre o mês de dezembro de 2016 (R$ 8,0 bilhões).

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Em relação à produção de calçados, em volumes, foi apresentada recuperação de 2,7% (cerca de 973,8 milhões de pares) comparado a 2016. Mais um resultado favorável da produção em número de pares desde 2013. Em 2018, as estimativas são de crescimento ainda mais expressivo, chegando a 3,3% na produção de calçados sobre 2017.

Comportamento do consumidor

Para melhor entendemos esta dinâmica, o IEMI explica que obviamente durante a crise, há menos consumidores dispostos a comprar, mas dentre os que compraram calçados recentemente, não houve alteração na quantidade de pares adquiridos por compra, ficando em dois pares. O IEMI observa também, através de seu estudo focado no comportamento do consumidor, que a frequência de compra de calçados em geral aumentou levemente, de 3,6 para 3,8 compras de calçados por ano.

Marcelo Prado comenta: “Considerando toda a demanda que ficou reprimida durante o ápice da crise, num momento de melhora da economia, o desempenho no varejo de calçados deve apresentar recuperação.” Segundo ele, num período de crise, quando a produção é reduzida, os artigos mais elaborados, com maior valor agregado, ganham participação no mercado e elevam o preço médio por peça na indústria. “Diante de um cenário econômico mais estável, a relação entre volumes e valores na produção tende a ficar mais equilibrada”, conclui.

Para 2018, embora ainda seja um ano meio “agitado” com Copa do Mundo e eleições presidenciais, ainda deverá haver mais estabilidade e o IEMI tem expectativas positivas para o varejo, onde se espera crescimento de 3,2% em pares vendidos e 7,3% em receita, sobre 2017.

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