Em 2014, produção nacional de calçados deve crescer 3,6%, aponta IEMI

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A indústria calçadista mundial, assim como outros setores produtores de bens de consumo, vem se desenvolvendo significativamente nos últimos anos. E em 2014 não será diferente, já que o setor pode esperar boas expectativas: a produção nacional em volume tende a crescer 3,6%, e o consumo aparente (resultado da produção + importação – exportação), 2,6%. Os números fazem parte do estudo “Mercado Potencial de Calçados em Geral”, elaborado pelo IEMI Inteligência de Mercado.

Dados como a evolução do consumo aparente e da participação dos importados no suprimento do mercado interno em 2014 também foram analisados, tendo como base a evolução histórica dos principais indicadores da indústria calçadista no Brasil (produção, investimentos, capacidade instalada, contratação de mão de obra, etc.) e do próprio comércio externo brasileiro de calçados.

“As expectativas são de que os artigos importados alcancem uma participação de 5,1% sobre o consumo aparente em volume de pares, e as exportações representem 14,8% da produção, quando considerados todos os grupos de calçados produzidos e consumidos no País”, afirma Marcelo Prado, diretor do IEMI.

Produção e consumo mundial

A produção mundial de calçados chegou a 18,8 bilhões de pares em 2012. Já o consumo foi de 16,5 bilhões, um crescimento de 2,1% em relação a 2011.

“O potencial de crescimento futuro é maior se considerarmos que a grande maioria da população mundial ainda sobrevive com baixo poder aquisitivo. Nos próximos anos, o crescimento da produção e do consumo deverá ocorrer à medida que as nações menos desenvolvidas consigam uma melhor distribuição de renda”, afirma o diretor.

Em 2012 o Brasil ocupava a terceira posição no ranking de produção mundial, com participação de 4,6%, ficando atrás, somente, da China e da Índia. Todavia, a força chinesa no setor de calçados é incomparável. Afinal, o país, sozinho, detém 56% da produção e 72% das exportações mundiais em volumes de pares.

Em termos de consumo, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking 2012 dos consumidores globais. Entretanto, o número de pares consumidos pelo brasileiro é elevado por conta da alta participação dos chinelos, que representam mais da metade dos pares consumidos. Com isso seu consumo por habitante, de 4,1 pares/ano, é 78% superior à média mundial, de 2,3 pares anuais. China, Estados Unidos e Índia ficam nas primeiras colocações. Porém, enquanto o consumo per capita dos Estados Unidos, em 2012, foi de 7,2 pares por ano, na China e na Índia foi de 1,8. O maior consumo por habitante em 2012 foi na República Tcheca, com 7,6 pares/ano.

Importação e exportação

Segundo os dados da World Shoe Review e da ITC (International Trade Center), as exportações mundiais de calçados, em volumes de pares, acumularam crescimento de 13,6% entre 2009 e 2012. Em valores, o crescimento foi maior: 46% no mesmo período. Já as importações mundiais cresceram 35,3% em valores e 9,9% em volumes.

No ranking dos maiores exportadores mundiais, o Brasil ocupa o 10º lugar em volumes de pares e o 16º em valores em dólares, com 1% de participação no último ano. A China é líder tanto em volumes (72,4%) quanto em valores (40,2%) e o Vietnã ocupa a segunda colocação também nos dois quesitos, com 4% em volumes e 9,1% em valores.

Nas importações, os Estados Unidos lideram o ranking, sendo responsáveis por 24,9% dos volumes e 22,4% dos valores adquiridos em 2012. O Japão é o segundo maior importador em volumes de pares, mas o quinto em valores. Já a Alemanha é o terceiro em volumes e o segundo em valores.

A participação do Brasil ainda é pequena, posicionando-se como o 39º maior importador em volumes de pares e o 35º em valores, com apenas 0,4% de participação no comércio global em volumes e 0,5% em valores.

Dados adicionais:

Unidades produtoras

De 2009 a 2013, a quantidade de unidades atuantes no setor aumentou 0,5%, com o surgimento de 41 novas unidades. Já em relação ao último ano, ocorreu uma queda de 0,7%, com destaque apenas para as empresas que atuam na produção de calçados de plástico e borracha, com alta de 7,9%.

Uma característica importante do setor calçadista nacional é o fato de que ele é composto por um grande número de microempresas (89,0% com até 49 empregados), ficando as pequenas (de 50 a 249 empregados) com 8,8% e as médias (de 250 a 1.000 empregados) com 1,8%, enquanto as grandes (mais de 1.000 empregados) não passam de 0,5%.

As unidades produtoras estão localizadas principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde se concentram 88,3% do total, ficando a região Nordeste com 8,1% e as regiões Centro-Oeste e Norte, juntas, com 3,6% do total de unidades em atividade.

Ocupação de pessoal

Os empregos gerados pelo setor produtor de calçados somaram quase 353 mil postos de trabalho em 2013, ou o equivalente a 3,58% do total de trabalhadores alocados na produção industrial do País nesse ano. Isso vem demonstrando que, além da sua grande relevância econômica, este é um segmento de forte impacto social.

A região Nordeste é a maior empregadora do setor. Em 2010 ela ultrapassou a região Sul e participa com 36,1% do contingente de empregos ofertados pelo setor no Brasil em 2013. A região Sul ocupa a segunda posição, com 35,8%, seguida da região Sudeste, com 26,6%. As regiões Norte e Centro-Oeste, juntas, detêm 1,4% dos empregos da indústria brasileira de calçados.

Distribuindo-se o pessoal ocupado no setor por áreas de atuação, verifica-se que 90,8% do contingente de trabalhadores atuam diretamente na produção, enquanto outros 8,1% exercem atividades administrativas e 1,1% se encarrega da comercialização.

Principais indicadores

Fonte: Consumidor BR – 19/03/2014 – Leia aqui na íntegra

 

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